sábado, 27 de janeiro de 2007

Ares do Rio



Teus seios,
os vi numa festa entre copos e luzes,
pessoas, olhares, sorrisos
são seios,
são seios pontudos, os bicos acesos,
Ares de Pão de Açúcar, de Cara de Cão
São Salvador, São Sebastião Glória! Glória! Glória!
Os brilhos,
eu via de longe e até hoje me lambem teus mares
batendo, batendo.
São brilhos,
são filhos das águas que entram na barra
lavam o Pão de Açúcar e o Cara de Cão
São Salvador, São Sebastião Glória! Glória! Glória!
Glória! Glória! Glória!
Eu vim de barca cantareira da ilusão
Pr'essa chapada te amar, timbrar meu coração
timbrar meu coração
e a claridade, que faz dessa cidade meu chão,
é meu mais puro devaneio, meu samba pauleiro
é o meu Rio de Janeiro
é o meu Rio de Janeiro
meu Rio.

Ares do Rio, de Paulo Baiano e Marcos Sacramento
Glória, pintura de Eduard Hildebrandt

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