sábado, 12 de setembro de 2009

Angelus Novus



Ontem uns poucos amigos nos encontramos para beber umas à viagem do Ramiro. Bebemos, comemos, rimos e choramos. O filósofo Guillermo David, a quem Ramiro chamava de "assessor espiritual" (eu era o "assessor de assuntos aleatórios"), acabou de me mandar essa foto, que é uma bela síntese para começar a soltar as amarras e deixar o Ramiro navegar. Disse Guillermo:
Walter Benjamin imaginou o anjo da história fugindo de costas pra gente, olhando pra nós e olhando com espanto as catástrofes que ao seu passo deixa.
Nessa última imagem, Ramiro, de costas pra nós, de face ao mar, ao céu, ao vento, não precisa nos olhar, está em paz com todos nós. Como ele gostava de dizer: sem culpas. Não há risco, não há catástrofes, mas alegria, músicas, uma amizade tão funda que cria laços religiosos entre nós que fomos tocados pelo seu dom.


Segue a íntegra da matéria que escrevi ontem nem sei como para o jornal Crítica. A manchete foi coisa deles.

Rondaban los fantasmas de Malvinas en Bahía Blanca. Ramiro Musotto estaba echado en la plaza con sus amigos, mirando las estrellas. Dijo que quería ir a Brasil a estudiar el berimbau de su admirado Naná Vasconcelos. Pero fue mucho más allá. Como dijo Zeca Baleiro, de la Bahía Blanca a la Bahía Negra.
Empezó a investigar la batería electrónica cuando nadie lo había hecho todavía en Brasil y fue uno de los diseñadores de esa percusión baiana que explotó en las voces y los sudores de Daniela Mercury y Margareth Menezes. Laburando en estudios, en Salvador primero y en Rio después, grabó con y para todo el mundo, unos 200 discos, de Caetano Veloso a Marisa Monte, de Sérgio Mendes a Titãs.
Cuando Diego Frenkel, por ejemplo, fue a Rio a grabar percusiones para La Portuaria esperaba llegar al estudio y encontrarse con una docena de negros recién bajados del morro. Se encontró a Ramiro. Él solo era la batucada.
Cuando Celso Fonseca le propuso a Mart’nália llamarlo para tocar en Pé do meu samba, la hija de Martinho da Vila, acostumbrada a salir en el ala de percusión de la escola de samba Vila Isabel, torció la nariz. “Ó, Celsinho! Um argentino na percussão?”
Después que lo escuchó no lo podía creer.
Nos conocimos en el bar Picote -que yo llamaba “mi oficina”-, en Río de Janeiro. Me miró desconfiado. Le hacía ruido que otro argento que vivía en Rio le ofreciera la posibilidad de que Sudaka, su primer cd solista que ya daba vueltas por Brasil y Estados Unidos, fuese editado en la Argentina que se le venía negando. Y al estilo argentino me dijo “¿cuánto me vas a cobrar?”. Nos convertimos en hermanos instantáneos.
Fue el empujón para regresar a Salvador y dedicarse de lleno a su propia música. Ramiro encontró completamente enchufado entre bits y cueros el cable invisible e inasible que une los sonidos ancestrales de Africa y América Latina. Tornó modernos a los indios xavantes y tradicional al octapad. Aunque el berimbau, con la piedra en la mano y la calabaza en el vientre, siguió siendo su instrumento madre. En 2005 formó en Francia la primera orquesta de berimbaus, arrancando sonidos alucinantes con los instrumentos en diferentes afinaciones. Así andaba, llevando sus cañas y su Mac de Grenoble al carnaval de Salvador y de la ceremonia de los Juegos Panamericanos a la Buenos Aires que había dejado de ser misteriosa y ya tenía una corte de fanas que bailaban atrás de su trío eléctrico.
Lo que no se ve en los discos: vivió con la filosofía Vinicius del arte del encuentro, siempre juntando gente de origen variopinto. Y él, que como buen percusionista siempre andaba con exceso de equipaje, esta vez viajó muy leve. Y muy temprano.

Texto publicado hoje no jornal Crítica

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Adeus ao irmão Ramiro



El Narigón se retiró hoy. Se fue de gira, como decían los viejos actores.
Desde ayer no puedo dejar de pensar en una noche que estábamos en el departamento de Laranjeiras, en Rio. Una sobremesa de horas. Estaban Rose y el Mintcho y Vinicius no se quería ir a dormir. Hablábamos de los Novos Baianos. Ramiro dijo "vamos a escuchar el vinilo". Se hizo un silencio de misa mientras escuchamos el disco entero. Después pusimos uno de Larralde. Una indómita síntesis de que nuestras sangres estaban mezcladas entre dos patrias.
Acabou chorare era una de sus canciones preferidas. Se la había hecho grabar a Adriana Maciel en el disco que le produjo.
Recordemos a Ramiro como él quiso que lo recordemos. Con alegría y música.
Muito axé para todos

Juan Trasmonte

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão
Abelha, abelhinha...
Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim
Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum

Perdi um irmão. Esse é o e-mail que escrevi hoje de manhã cedo para os amigos. Desculpas, gente. Não tenho nem vontade de traduzir.

Pedro Luís entrevista Ramiro no programa Destino Brasil

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Deus me faça brasileiro



Sempre digo que música chega na hora certa. É igual ao encontro amoroso. Estou longe de cronologia pra isso.
O querido músico gaúcho Arthur de Faria é também um agitador, um criador de links no deserto. Quando ele recebeu a notícia do meu programa Club Brasil, logo saiu mandando e-mail para os colegas-amigos dele, para eles por sua vez venderem seu peixe, pra eles me mandarem seus cd’s, avisando para meu pudor que “olha que é só pra mandar coisa boa”.
E entre muita coisa bacana que comecei a receber, veio um e-mail de Jussara Silveira, a quem admirava mas não conhecia.
Outra pessoa muito querida por mim, Maria Sampaio, já tinha dito fartamente pra eu prestar atenção na Jussara.
Pensei que não fosse custar o maior esforço gostar do Três meninas do Brasil, pois eu já gostava das três separadamente. A Rita Ribeiro foi me apresentada musicalmente pelo Zeca Baleiro, e um tempo depois acabei encontrando com ela no Tortoni, antes dela assinar o Tecnomacumba com a Biscoito. A gravadora onde eu trabalho distribui a Biscoito, então já não dava pra fazer acordo com ela por fora, mas continuamos em contato e o Tecnomacumba foi finalmente lançado aqui.
Teresa Cristina foi uma que coloquei no quesito infaltáveis quando escalei os depoimentos do documentário Samba no pé.
E agora chegou Jussara. As três meninas estavam conformadas. Mas ainda esse trabalho estava nas redondezas do meu imaginário.
Vários e-mails depois em diferentes direções e com a gestão da Elza Ribeiro, irmã e empresária da Rita, chegou o envelope da Biscoito com o cd e o dvd.
Logo pensei em programar pra esse sábado mesmo a faixa-título na seção Um x Dois, que é pra uma mesma música em duas versões.
Por três dias não consegui passar dessa primeira música do cd. A versão do criador -com versos do poeta cearense Fausto Nilo- Moraes Moreira, especialmente a do Acústico MTV, já era linda. Mas as tais três me levaram às lágrimas. E continuo emocionado enquanto escrevo isso. Essa celebração da diversidade brasileira e feminina, de cores e texturas, se fez nova e comovente nas vozes delas.
E assim vai entrando. É devagar, devagarinho. Ainda nem botei a mão no dvd.
E esse “Deus me faça brasileiro” que já me resultava uma imagem linda, de repente virou desejo.

Foto de Jussara Silveira, Teresa Cristina e Rita Ribeiro, de Seth Bourget

domingo, 9 de agosto de 2009

Despedida mas nem tanto



O +2 (Moreno Veloso, Kassin e Domenico) encerrou sua fase trio nesse final de semana em Buenos Aires. Assisti na sexta-feira e foi muito emotivo. No dia em que o paizão Caetano fazia anos, quem recebeu o presente foi Moreno, com a presença no show de quem foi a babá dele e um imenso coral de argentinos e brasileiros entoando a versão samba-canção de Deusa do amor, do Olodum.
Continuo achando que Kassin é um dos músicos mais brilhantes que o Brasil pariu nesses últimos anos e Domenico também não tem como negar o DNA do pai Ivor Lancellotti. Esse ritmo à terra, mesmo no rock, é pra quem já mamou muito samba.
Eles vieram com time de amigos-colegas com quem dividem vários projetos: Pedrinho Sá (o cara por tras da nova banda de Caetano), Jorge Continentino e o franco-brazuca Stephane San Juan.
No sábado não deu pra eu assistir por causa do trabalho, mas em troca tivemos o prazer de receber Domenico ao vivo no programa Club Brasil, duas horas antes do show. Foi um gesto de grande generosidade dele.
Agora os caras vão continuar tocando seus vários outros projetos, embora vários desses outros projetos integram os três e essa misteriosa Buenos Aires, a mesma que reuniu pela primeira vez num show completo João Gilberto e Caetano Veloso, tem mais uma página histórica na sua paixão por música brasileira.


Fotos do show do +2 no Niceto Club e Domenico na Blue FM, de Marcela Romanelli

sábado, 8 de agosto de 2009

Sempre o mistério da fé





Quem acompanha esse blog faz algum tempo sabe que o mistério da fé religiosa é um assunto que está ciclicamente presente, mudando o signo das religiões.
Ontem foi o dia de São Caetano, que na Argentina é venerado como padroeiro do trabalho. A consigna de cada ano é paz, pão e trabalho. Tem pessoas que vão pedir e pessoas que vão agradecer os dons concedidos -eles acreditam- pelo santo.
São vários dias prévios de filas de quarteirões e no dia 7 a possibilidade de passar brevemente na frente da imagem do santo ou assistir uma das misas que são celebradas a cada hora.
O jornal Clarín publicou hoje essas duas fotos maravilhosas de Pepe Mateos que sintetizam com perfeita beleza o mistério.
Fotos de devotos na Igreja de São Caetano, de Pepe Mateos

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nadinho da Ilha



Do alto dos seus quase dois metros e esse vozeirão dele, longe de assustar, Nadinho da Ilha soltava um sorriso inconfundível.
Sobrinho de Nilo Chagas, do Trio de Ouro e levado pro samba de criança, sob a asa de Geraldo Pereira, Nadinho gravou 39 discos, foi por anos integrante da ala de compositores da Unidos da Tijuca. E também ator, participou em 78 da primeira montagem da Opera do Malandro, de Chico Buarque, onde também estavam a Marieta Severo, Elba Ramalho e Ary Fontoura, entre outros.
Deixa saudades.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Raymond Pettibon





Raymond Pettibon é um cara estranho. Mora na Califórnia, onde tudo é longe, mas não gosta de carros, prefere andar. Na casa dele cria pittbulls de briga mas diz não ser violento e se a violência aparece freqüentemente na obra dele é por causa da atração que sente pela imagem em movimento. Já desenhou muita obra famosa assistindo televisão.
Seus primeiros trabalhos divulgados foram as capas de discos pra gravadora SST Records, propiedade do irmão dele, Greg, também primeira guitarra do Black Flag. A mais popular é a que fez para Goo, do Sonic Youth.
Com seu estilo figurativo, parente dos comics, virou uma celebridade do mundo das artes. Mas Raymond não parece nem um pouco interessado por esses brilhos.



Reproduções de obras de Raymond Pettibon
Foto de Raymond Pettibon de Craig McDean

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Leoninos - bonus track



A querida amiga Maria Sampaio me mandou essa e não da pra deixar fora. Caetano e Jorjão Amado, dois leões pra valer, na festa do Rio Vermelho, em dois de fevereiro de noventa e seis. Sob o olhar de Maria.
E eu que não queria colocar foto de Caetano na postagem dos leoninos pra ninguém achar que no blog há excesso de caetanismo. Mas dava pra guardar essa beleza?

Foto de Maria Sampaio

domingo, 26 de julho de 2009

Leoninas


A atriz Maria Grazia Cucinotta


A bailarina e espiã Mata Hari


A escritora Emily Brontë


A cantora Araci de Almeida


A atriz Kyra Sedgwick


Elas e Louise Fletcher, Charisma Carpenter, Maureen McGovern, Hillary Swank, J.K. Rowling, Charlotte Gainsbourg, Anna Paquin, Lisa Boyle, Clara Nunes, Helen Mirren, Rhonda Fleming, Esther Williams, Jacqueline Kennedy Onassis, Mirna Loy, Charlotte Lewis, Melanie Griffith, Angie Cepeda, Suzanne Vega, Maureen O’Hara, Jennifer Lopez, Linda Carter, Charlize Theron, Lucille Ball, Emmanuelle Beart, Vera Holtz, Jane Wyatt, Whitney Houston, Tori Amos, Carole Bouquet, Audrey Tautou, Madeleine Stowe, Rosanna Arquette, Maria de Medeiros, Angela Bassett, Patti Austin, Araci de Almeida, Shelley Winters, Barbara Harris, Barbara de Rossi, Heloisa Perissé, Sandra Bullock, Bruna Lombardi, Elizabeth Berkeley, Coco Chanel, Lisa Kudrow, Geraldine Chaplin, Mary-Louise Parker, Tawny Kitaen, Valerie Kaprisky, Asia Carrera, Connie Stevens, Gillian Anderson, Rhona Mitra, Dominique Swain, Halle Berry, Ethel Barrymore, Madonna, Elba Ramalho.
Todas elas nascidas sob o signo de Leão

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O menu de amanhã


Bethânia encara Capitão do mato, do espléndido Brasileirinho


Apresentamos o cantor e compositor maranhense Zé de Riba


João Bosco e a belíssima versão ao vivo de Papel machê


E o Iggy Pop canta Insensatez!!


MUSICALIZACION

PROGRAMA # 11 25/07/09

PEDRA DE RESPONSA (ZECA BALEIRO) (36/04:25/F)
RECUSA (ALCIONE) (11/03:41/F)

ÁGUA (KASSIN +2) (59/04:54/C)
BRAZIL, CAPITAL BUENOS AIRES (TOM ZÉ CON FERNANDA TAKAI) (15/03:39/F)

ARTISTA DE LA SEMANA: TOQUINHO

AQUARELA (TOQUINHO) (25/04:24/C)
TARDE EM ITAPOÃ (TOQUINHO CON MPB 4) (23/04:32/C)


PAPEL MACHÊ (JOÃO BOSCO) (11/04:24/C)
CAPITÃO DO MATO (MARIA BETHÂNIA) (16/02:28/C)

TIMONEIRO (PAULINHO DA VIOLA) (09/03:25/F)
NEM OURO NEM PRATA (TERESA CRISTINA E SEMENTE) (08/03:54/C)


OTRAS BOSSAS

HOW INSENSITIVE (INSENSATEZ) (IGGY POP) (12/03:02/C)

EU PRECISO DE VOCÊ (TOM JOBIM) (00/02:15/C)
O BARQUINHO (NARA LEÃO) (25/03:08/F)
TRENZINHO (TREM DE FERRO) (JOÃO GILBERTO) (00/01:50/F)


UNO X DOS

TRILHOS URBANOS (QUARTETO EM CY) (03/02:50/C)
TRILHOS URBANOS (CAETANO VELOSO) (00/02:48/C)


PESCADOR (MESTRE AMBRÓSIO) (11/05:28/C)


HOY PRESENTAMOS

VALENTE TUPI (ZÉ DE RIBA) (17/03:24/C)

GARGANTA (ANA CAROLINA) (11/03:35/C)

CAPIM (DJAVAN) (20/04:57/F)

Essa é a pauta, do jeito que eu entrego na rádio junto com a música. É assim, tenho que dar um jeito de misturar os clássicos com os menos divulgados.
Ao mesmo tempo vou escrevendo o roteiro e tenho uma reunião semanal de pauta com a apresentadora, Corina González Tejedor. E no mesmo dia que entrego a música, faço preprodução na rádio (vinhetas, etc. e tal). Ao vivo, eu me reservo a seção para apresentar os artistas novos ou menos conhecidos por aqui.
Para ouvir on line é www.bluefm.com.ar e seguir a opção "radio en vivo".
Quem quiser pode baixar aqui o programa inteiro de sábado passado

Foto de Maria Bethânia, de Leo Aversa
Foto de Zé de Riba, de Zeca Caldeira
Foto de Iggy Pop de Soren Andersen

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Leoninos


O cantor e compositor Robert Plant


O ator John Leguizamo


O ator e diretor John Huston


O libertador Simón Bolivar



O poeta Décio Pignatari

Eles e Florestan Fernandes, Danny Glover, Slash, Mick Jagger, Carl Jung, Torben Grael, Lampião, Woody Harrelson, Daniele Luchetti, Grigori Rasputin, Elton Medeiros, Robert De Niro, João Donato, Cecil B. DeMille, Tony Bennett, Caetano Veloso, Aubrey Beardsley, Paulinho Tapajós, Fidel Castro, Charles Bukowski, Millôr Fernandes, Andy Warhol, Peter Bogdanovich, Albert Brooks, Peter O’Toole, Décio Pignatari, Wesley Snipes, Marcos Palmeira, George Bernard Shaw, Sean Penn, Michael Keaton, Louis Armstrong, Jean Reno, Steve Martin, Kevin Spacey, Dom DeLuise, Earvin Magic Johnson, Aldous Huxley, John Lee Hooker, Ruy Guerra, Claude Debussy, Ian Anderson, Martin Sheen, Wim Wenders, Marilyn Manson, Napoleon Bonaparte, Terence Stamp, Daniel Radcliffe, Patrick Swayze, Roman Polanski, John Saxon, Ed Motta, Jerry Garcia, James Cameron, Roger Taylor, Pete Sampras, Robert Mitchum, Emiliano Zapata, Francisco Alves, David Duchovny, Count Basie, Melvin Van Peebles, Blake Edwards, Issac Hayes, Robert Redford, Rodrigo Santoro, Jorge Amado, Alfred Hitchcock, Willem Dafoe, David Crosby, Robert Mitchum, José Wilker, Walter Brennan, H.P. Lovecraft, Stanley Kubrick, Jason Robards, Ray Bradbury, Joaquim Nabuco, Henry Ford, Paul Anka, Buddy Guy, Nelson Piquet, Yves Saint-Laurent, Herman Melville, John Landis, Billy Bob Thornton, Patrick Ewing, Neil Armstrong, Dustin Hoffman, Keith Carradine, Jean Piaget, Antonio Banderas, Mark Knopfler, Oscarito.
Todos eles nascidos sob o signo de Leão

Foto de Robert Plant, do arquivo da revista Rolling Stone, sem crédito do autor
Foto de John Leguizamo, de Howard Schatz
Foto de John Huston, de Cornel Lucas
Retrato de Simón Bolivar, de Julio Quesada
Foto de Décio Pignatari, de Fernando Lemos

domingo, 19 de julho de 2009

Onde estava você quando o homem pisou a lua?



Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeia
Foi que eu vi pela primeira vez, as tais fotografias
Em que apareces inteira, porém lá não estava nua
E sim coberta de nuvens
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria


Os versos de Caetano Veloso, do clássico Terra, fazem referéncia as fotografias da Terra feitas desde a lua, na missão Apollo 11, que acontecia enquanto ele era preso pela ditadura brasileira, há exatos quarenta anos.
Eu tenho umas lembranças muito difusas de ter assistido ao momento em que os astronautas desceram na lua. Não lembro tanto das imagens quanto da sensação de que alguma coisa importante estava acontecendo. Lembro que o mundo parou. Lembro da minha família reunida na frente da tevê. Eu estava sendo testemunha da história, mas minha cabeça infantil não percebia nem de perto o que aquilo significava.
Para mim sempre foi mais surpreendente -e talvez continue sendo- nem tanto o fato do homem pisar a lua quanto o fato do planeta inteiro assistir à cena na televisão. Eu sei agora mais ou menos o valor que aquela viagem representou em termos científicos. Mas aquilo para mim não foi a chegada do homem na lua mas a invenção da televisão.
Na medida em que meu encantamento infantil pela imensidão espacial crescia, também aumentava em mim a sensação de profanação. A lua era negócio de poetas, era para se contemplar e não para enfiar uma bandeira nela. Essa sensação até hoje me acompanha.
O escritor francês Júlio Verne já em 1865 publicou Da terra à lua (De la Terre à la Lune), onde uma corporação estadunidense lançava um projétil (com três astronautas e desde Tampa!) para atingir a lua.
Por aqui e em outros paises o 20 de julho ficou no calendário comercial como o Dia do Amigo. Essa noite, apesar da crise, o frio e a Influenza, os restaurantes vão ficar lotados.
Meu sentimento inconsciente de profanação daqueles dias se traduz na ausência dessa celebração. Se é para encontrar amigos, qualquer dia menos esse.
O homem quis conquistar a lua desde tempos imemoriais. Continuo preferindo o olhar contemplativo dos poetas.



Fotos do The Project Apollo Image Gallery

sábado, 18 de julho de 2009

Hoje tem


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Albert Pla faz diferença



Sabe esses artistas que você conhece mas nunca parou realmente para prestar atenção? Antes eu era muito ansioso com isso. Na minha educação de música brasileira aconteceu bastante. Assim que eu conhecia um artista já queria ir atrás da obra toda. Depois descobri que o encontro entre artista e gente é uma forma de encontro amoroso. Acontece ou não. Não é depois da hora mas também não deve ser antes da hora. E a gente precisa se dar o tempo para o conhecimento da obra.
As leis do mercado conspiram contra isso e as mudanças nos costumes e no estilo de vida no século 21 também. Já é mais difícil ir atrás de alguém porque a oferta que está na frente do nariz é tão grande que ninguém precisa mais se mexer. E como sempre, o excesso de informação acaba desinformando, acaba comendo pelas bordas a liberdade de escolha.
Com o artista catalão Albert Pla e eu aconteceu isso. Eu tinha ouvido umas músicas soltas e gostava do personagem. Nessa altura é importante acrescentar que Albert está completamente maluco, mas ele é um desses malucos que velam pela sanidade universal.
Seu mais novo cd, La Diferencia virou minha cabeça. Embora ele possa estar acompanhado de músicos, o espetáculo é ele. Suas músicas atravessadas de ironia devastadora têm letras quilométricas. Os alvos podem ser a alienação, o amor, o desamor, o imperialismo, a monarquia ou o clero. E os versos da maior crueza, da maior brutalidade, no contexto das canções dele não soam como propaganda.
Albert não canta, expulsa as canções.
Nesse último album tem uma música chamada La colilla (A ponta de cigarro), que conta em dez minutos a história de um imigrante mexicano que é degolado na fronteira e cuja cabeça ainda com a ponta de cigarro que estava fumando na boca, vai rolando pelos Estados Unidos e tocando fogo em tudo que encontra. Sim, esse é o nível de maluquice.
Deixo aqui o vídeo da música La colilla. É um desenho animado.

Foto de Albert Pla, de Samuel Sánchez

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Os dias nunca são iguais



Os dias nunca são iguais
hoje eu me sinto a vontade
e depois não
as vezes sinto fome
outras quero vomitar
tem dias que a parede está mais suja
e outros em que a bruma não me deixa ver
coisíssima nenhuma
Tem horas em que tenho assim
uma necessidade
de cafeína nicotina qualquer coisa
no vazio
e uma dor pungente pela dor
que dói nos outros
porém os dias nunca são iguais
e há dias em que eu quero
que se lixem
e viro um sujeito egoísta
e o meu umbigo fica feito um sol
tem dias em que amasso o lençol
e dias em que durmo como um gato
meu corpo anda sem marca pelo espaço
flutuo sem vestígio de presença
há dias para encher a geladeira
e dias de silêncio e jejum
as vezes coexistem as belezas
as vezes os fedores e o alecrim
o éxtase deslinda do horror
assim como as peles do abraço
de vez em quando o dia só oferece
a esperança de um outro dia
que sempre achamos novo de manhã
e saldo de brechó no fim do dia.

Os dias nunca são iguais, de Juan Trasmonte (Creative Commons)
Foto de Jorge Aguirre

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mais um pepino

Gente, depois que meu Windows fez plaft-pluft, o técnico que com paciência tibetana atende esse troço colocou o Explorer 8.
Fora todas as questões pelas que ando meio sumido e que já contei, parece que o Explorer 8 e a plataforma Blogger andam se estranhando. Depois de não poder acesar um monte de blogs e depois de xingar tudo que é familia desses caras que botam seus programas pra testar com nós, as cobaias, fui que nem programa do Silvio Santos pedir ajuda aos universitários.
No forum de ajuda do Blogger descobri que havia um monte de incautos com o mesmo problema. Alguém disse que o conflito (é curioso nesse mundo da informática o que se chama de conflito) é com o aplicativo dos seguidores. E que a solução é tirar ou mandar pro final da coluna.
Então, por enquanto, até o Blogger ou o Explorer ou o Ministério da Fazenda ou o David Copperfield resolverem isso, o quadro com meus seguidores (por melhor dizer, os e-amigos que acompanham esse blog) fica lá no fundo, depois dos marcadores.
Só continuo sem poder entrar em vários blogs que tem esse aplicativo mais pra cima.
Um dia eu canso e começo a usar o Mozilla de vez.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cancerianas


A atriz Isabelle Adjani


A escritora e ativista social Helen Keller


A atriz e coreógrafa Denise Stoklos


A atriz Barbara Stanwyck


A atriz e cantora Zezé Motta

Elas e Juliette Lewis, Maureen Stapleton, Elza Soares, Meryl Streep, Victoria Abril, Selma Blair, Emma Suárez, Genevieve Bujold, Irène Jacob, Elizete Cardoso, Lindsay Wagner, Gina Lollobrigida, Kay Starr, Natalie Wood, Jane Russell, Courtney Cox, Suzanne Vega, Sonia Braga, Liv Tyler, Courtney Love, Shelley Winters, Betty Lago, Ana Botafogo, Eleanor Parker, Cindy Lauper, Lena Horne, Gisele Bündchen, Kathleen Turner, Diana Rigg, Fernanda Lima, Kelly McGillis, Fafá de Belem, Olivia de Havilland, Anjelica Huston, Marisa Monte, Kate Lyra, Frances McDormand, Ginger Rogers, Janet Leigh, Baby do Brasil, Ana Paula Arósio,Twyla Tharp, Shelley Duval, Dercy Gonçalves, Ingrid Guimarães, Eva Green, Phoebe Cates, Collette, Mary Stuart Masterson, Karen Black, Carly Simon, Luíza Possi, Kathy Bates, Lolita Davidovich, Linda Ronstadt, Gilda Radner, Pamela Anderson, Claire Forlani, Debora Harry, Leslie Caron.
Todas elas nascidas sob o signo de câncer.

Foto de Isabelle Adjani de Brigitte Lacombe
Foto de Denise Stoklos de Bel Pedrosa
Foto de Zezé Motta de Antonio Guerreiro

Aviso aos navegantes

Aos poucos vou tentando reconstruír o que o Windows levou pro espaço quando desintegrou-se, especialmente todos os links de fotografia e de todos os sites ligados ao trabalho do blog.
Aos poucos vou tentando conciliar meu tempo para poder fazer meu programa de rádio Club Brasil sem abandonar o blog.
Só quero que os amigos não pensem que se diminuiu minha freqüência nas visitas aos seus blogs e sites, é por isso e não por falta de carinho.

domingo, 5 de julho de 2009

Cancerianos


O poeta Pablo Neruda


O diretor Billy Wilder


O ator Peter Lorre


O cantor Raul Seixas


O escritor e jornalista Hunter S. Thompson


O pintor Rembrandt

Eles e Jean-Paul Sartre, Machado de Assis, Glauco Mattoso, George Orwell, Nelson Gonçalves, Ron Ely, Ray Davies, Ken Russell, Nelson Mandela, Kris Kristofferson, Luiz Carlos Barreto, George Michael, Forest Whitaker, Johannes Gutenberg, Antoine de Saint-Exupery, John Cusack, João Bosco, Franz Kafka, Jeff Beck, Moraes Moreira, Ambrose Bierce, Joaquim Manuel de Macedo, Harrison Ford, Mick Fleetwood, Johnny Depp, Sergio Britto, Guimarães Rosa, Carlos Santana, Carl Lewis, Todd Rungren, Ingmar Bergman, Neguinho da Beija-Flor, Robin Williams, Ernest Hemingway, Peter Gabriel, Toquinho, Dalai Lama, Rubén Blades, Sergio Reis, Harry Dean Stanton, Ice Cube, Woody Guthrie, Marcel Proust, Cat Stevens (Yusuf Islam), Bob Fosse, James Spader, Alceu Valença, Tom Stoppard, Huey Lewis, Jean Cocteau, Adoniran Barbosa, Tom Hanks, Francesco Petrarca, Jake LaMotta, Neil Simon, Carlos Alberto Ricelli, Carlos Chagas, Marshall McLuhan, Sidney Lumet, Yul Brynner, Roberto D’Avila, Bill Haley, Sergio Buarque de Hollanda, Billy Eckstine, Procópio Ferreira, Ned Beatty, Lampião, Cheech Marin, Vladimir Maiakovski, Jack Dempsey, Bussunda, Fred Gwynne, Slim Pickens, Charles De Gaulle, José Dumont, Tony Belloto, Mick Jones, Tito Madi, James Cagney, Gilberto Gil, Herman Hesse, Pierre Cardin, Kevin Bacon, Samuel Rosa, Chris Isaak, Jimmy Smits, Jordi Molla, Serginho Groisman, Pat Morita, Alberto Nepomuceno, Jon Lovitz, Arnaldo Baptista, Arthur Moreira Lima, Will Ferrell, Mike Tyson, Mel Brooks, Paul Verhoeven, Dado Villa-Lobos, Vincent D’Onofrio, Dan Aykroyd, Charles Laughton, Tom Cruise, William Hanna, Ringo Starr, Charles Gavin, Murilo Benicio, Roald Amundsen, Donald Sutherland, Hume Cronyn, Brian May, Edgar Degas, Alberto Santos Dumont, Norman Jewison.
Todos eles nascidos sob o signo de Câncer

Foto de Peter Lorre de Yousuf Karsh
Foto de Raul Seixas de Mário Luiz Thompson
Foto de Hunter S. Thompson de Frank Martin
Autorretrato de Rembrandt, de 1661

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Gerardo Horovitz





Outro que foi embora na semana passada. Gerardo Horovitz, grande fotógrafo argentino, especializado em esportes e fotografia aérea. Ficam as imagens lindas.

Foto do time argentino de rugby no Mundial da França (2007)
Foto de Gerardo Horovitz, trabalhando no estádio do Boca Juniors, conhecido como La Bombonera, do arquivo do jornal La Nación

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pina



"Meus espetáculos vivem da fantasia de quem assiste. Eles não são só o que eu quero que sejam, mas o que cada pessoa cria com o seu olhar"


"Tenho tanto que fazer e o tempo passa tão rápido..."

Pina Bausch (1940-2009)

Foto 1 de Frank Augstein
Foto 2 de Marten vandeen Abele

domingo, 28 de junho de 2009

Benavente e a Espanha emigrante



Sábados ao meio-dia tem cerimônia de almoço na casa da minha mãe. Eu aproveito para ver ela e encontrar meus irmãos e sobrinhos. Mas a visita sempre tem um bonus. Difícil é voltar de lá de mãos vazias. Já é de praxis que ela diga:

- Vê se tem alguma coisa pra você lá.

“Lá” é uma pilha de papeis, recortes de jornal e afins e pode abranger desde uma entrevista da Marisa Monte no jornal Clarín até um caderno meu da escola.
A maioria das vezes eu digo

- Joga fora, mãe.

Mas quase sempre encontro pelo menos uma pérola. Ontem foram uns livros franceses da época em que ela estudava a língua, na adolescência dela, vários livros de teatro do meu pai, incluído uma espécie de “Manual do ator” de épocas pretéritas e um livro de crônicas e peças curtas do grande escritor espanhol Jacinto Benavente, prémio Nobel de Literatura em 1922.
Meu pai conheceu Benavente quando ele veio para Buenos Aires por causa da estreia da peça “Los intereses creados”. Um dos tesouros mais prezados da minha família é a dedicatória de punho e letra do autor, parabenizando meu pai pela interpretação de um dos malandros que protagonizam a peça.
Lembro da admiração com que meu pai falava de Benavente, das suas frases brilhantes e do humor irônico que o esanhol praticava. De maneira que não foi uma surpresa achar um outro livro dele entre tantos que meu pai deixou.
Mas foi uma surpresa e tanto encontrar naquele livro um texto de Benavente sobre os emigrantes espanhóis nos começos do século vinte. Isso no mesmo dia em que eu lera no jornal que Espanha adotava normas mais rígidas com os imigrantes.
Pensei que merecia uma tradução. Vejam como mudaram os tempos e o signo. Vejam o troco que a Espanha -outrora pais de emigrantes- da hoje para os imigrantes.

A Espanha dessangra-se, a Espanha despovoa-se; é uma fugida louca como de exército em dispersão, que na fugida consuma a sua derrota e a sua ruina. E em nome de quem vamos detê-los? Que lei pode obrigar a morrer de fome? Toda terra é terra de promessas para quem nada tem na sua. Quem foge não escolhe o caminho. Ai, a derrota dos otimistas que ainda julgam à natureza, mãe amorosa, que tem no colo calor para todos os filhos dela!
Como o rei Lear, na sua loucura de pai, assim pode clamar a Espanha: “Venham, filhos! Eu vos darei emigrantes para levar para terras longinquas. Não a grandeza da epopeia de outros tempos mas desolação, miséria e morte”.
Nada mais triste que um desses barcos atestados de emigrantes, mercadoria barata pela que ninguém vai exigir indenização por perdas e danos, aconteça o que acontecer. E se o barco não for daqueles destinados para ese transporte só, se os passageiros de luxo, com todas as mordomias são oferecidos como contraste, onde achar mais cruel desigualdade?



Emigrantes (fragmento), texto de Jacinto Benavente, do livro Crónicas y diálogos (Ediciones literarias J. Pallarés, Valencia, 1911)
Versão para o português de Juan Trasmonte
Foto de imigrantes detentos nas Ilhas Canárias, da Agência AP

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O tom confessional



Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí. Deixem-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar. Ando meio desligado, já não sinto os meus pés no chão...
Tudo isso, mais ou menos.
Nesse último mês, como vocês perceberam, andei meio sumido do blog. Será que é possível sumir de um espaço virtual? Sei lá, mas é assim como eu me sinto. Curioso é que não estou tão preocupado pela ausência dos meus textos tanto quanto pelo fato de não estar prestando atenção aos amigos da área. Dizem os que são especialistas nesse negócio que o pior pecado que pode fazer um blogueiro é não prestar atenção aos visitantes.
A realidade diz que a produção do programa Club Brasil está tomando boa parte do tempo que eu dedicava ao blog. Quando não estou preparando o programa mesmo, estou ouvindo possíveis músicas para programar e assim os dias se passam até eu descobrir que pela primeira vez o blog ficou uma semana sem ser atualizado. Eu estou menos atento ao que acontece em volta e mais enfiado na realização desse programa que, aliás, está me deixando muito feliz, pelo trânsito e pelo resultado. Mas será o programa o vilão do blog?
Afinal para que ganhou a vida muito tempo escrevendo, um dos prazeres do blog que não tem pretensões comerciais é que o fato de escrever não é uma obrigação.
Ao mesmo tempo (a palavra tempo é a figurinha repetida), vejo que os últimos textos ganharam um tom confessional, quando na verdade sempre estive aqui nesse espaço mais interessado no olhar sobre a obra dos outros.
E no domingo passado ainda deu um tilt no meu micro que só não perdi tudo porque o apocalipse aconteceu na parte do rígido em que o Windows estava localizado.
Os meus textos e tudo mais (isso que Windows chama de “Meus documentos”, como se a gente estivesse na escolinha) foi salvo, mas os meus “favoritos” foram pro espaço, e com eles a pasta com todos os links do blog com que eu mexia. Essa parte é pra começar do zero.
Não sei se as coisas acontecem misteriosamente ou por determinação dos planetas, mas a soma disso tudo e cada uma dessas partes está dando nisso.
Nem pensei em parar. Imagino que este silêncio blogueiro seja parte de um ciclo.
Espero que os amigos e todos os meus três leitores saibam entender. O desejo não sumiu, só está olhando para outros cantos, e bota cantos nisso.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Especial Dia dos Pais no Club Brasil



Para ouvir online, acessar o site da Blue FM e clicar na opção "Radio en vivo"