Agora é branco
agora não é mais branco
branco nosso amor
e o silêncio teu
amor branco persegue pureza
eu não toco você por ausência
amor branco esconde matizes
lados negros e cinzas
ruido branco se faz no silêncio
amor branco disfarça essa farsa
é um branco mais branco que a morte
é um branco que brada na barca
que vagueia entre as ondas do mar
sem tinta nem pinta nem traço
alvorada dos cegos que tramam
a vingança das cores perdidas
era branco é luz é mais nada
saltimbanco das linhas da mão.
Juan Trasmonte (Todos os direitos reservados)
Foto de Hague
2 comentários:
Amor branco de cegueira,
Branco de todas as cores!
Belo!
Muito obrigado, Ana!
Ainda bem que somos vários os cegos que tramamos "as vinganças das cores perdidas".
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