terça-feira, 17 de março de 2009

Tracey Amin, a arte do privado






Ela já foi uma criança violentada, uma menina má, uma mulher à beira de um ataque de nervos e hoje é a artista inglesa mais renomada.
O objeto da arte dela é a própria vida, em sintonia com o século 21, que veio arrasando a fronteira entre o público e o particular. Tracey Emin, que já se auto-definiu como "alcoólatra, neurótica, psicótica e degenerada", abraça um amplo leque de disciplinas para traduzir esse seu mundo em arte. Seu trabalho inclui instalações, fotografias, desenhos, livros, filmes, pinturas, neon, polaroids e tudo que valha pra ela expressar angústias e paixões.
Suas obras mais conhecidas são a instalação My bed (Minha cama), que reproduz sua cama no cotidiano, sem poupar detalhes, mais como um terreno de batalha que como o abrigo do seu sono; e Everyone I Have Ever Slept With 1963-1995 (Todos com quem já dormi), que é a instalação de uma barraca com os nomes bordados de todos os homens e mulheres com que ela durmiu desde que nasceu até 1995.
Venerada pelos artistas jovens e ressistida e vilipendiada pelos conservadores, representou a Inglaterra na Bienal de Veneza de 2007. E há dois anos que é, para espanto dos inimigos, membro da seleta Royal Achademy of Arts.

Reprodução de Exorcism of the Last Painting I Ever Made (detalhe, 1996)
Reprodução da instalação Everyone I Have Ever Slept With 1963-1995
Foto de Tracey Amin de Hugo Glendinning

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, Juan,
Você percebeu que a maioria dos grandes artistas tieram algum tipo de distúrbio ou sofrimento? As vezes penso que isso serve para engrandcê-los em relação à criatividade.
Saudades....

Beijos,

Lu