sexta-feira, 26 de junho de 2009

O tom confessional



Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí. Deixem-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar. Ando meio desligado, já não sinto os meus pés no chão...
Tudo isso, mais ou menos.
Nesse último mês, como vocês perceberam, andei meio sumido do blog. Será que é possível sumir de um espaço virtual? Sei lá, mas é assim como eu me sinto. Curioso é que não estou tão preocupado pela ausência dos meus textos tanto quanto pelo fato de não estar prestando atenção aos amigos da área. Dizem os que são especialistas nesse negócio que o pior pecado que pode fazer um blogueiro é não prestar atenção aos visitantes.
A realidade diz que a produção do programa Club Brasil está tomando boa parte do tempo que eu dedicava ao blog. Quando não estou preparando o programa mesmo, estou ouvindo possíveis músicas para programar e assim os dias se passam até eu descobrir que pela primeira vez o blog ficou uma semana sem ser atualizado. Eu estou menos atento ao que acontece em volta e mais enfiado na realização desse programa que, aliás, está me deixando muito feliz, pelo trânsito e pelo resultado. Mas será o programa o vilão do blog?
Afinal para que ganhou a vida muito tempo escrevendo, um dos prazeres do blog que não tem pretensões comerciais é que o fato de escrever não é uma obrigação.
Ao mesmo tempo (a palavra tempo é a figurinha repetida), vejo que os últimos textos ganharam um tom confessional, quando na verdade sempre estive aqui nesse espaço mais interessado no olhar sobre a obra dos outros.
E no domingo passado ainda deu um tilt no meu micro que só não perdi tudo porque o apocalipse aconteceu na parte do rígido em que o Windows estava localizado.
Os meus textos e tudo mais (isso que Windows chama de “Meus documentos”, como se a gente estivesse na escolinha) foi salvo, mas os meus “favoritos” foram pro espaço, e com eles a pasta com todos os links do blog com que eu mexia. Essa parte é pra começar do zero.
Não sei se as coisas acontecem misteriosamente ou por determinação dos planetas, mas a soma disso tudo e cada uma dessas partes está dando nisso.
Nem pensei em parar. Imagino que este silêncio blogueiro seja parte de um ciclo.
Espero que os amigos e todos os meus três leitores saibam entender. O desejo não sumiu, só está olhando para outros cantos, e bota cantos nisso.

7 comentários:

Christiana Fausto disse...

Juan,

Sei exatamente o que sente, porque também andei sumida do meu blog e, apesar de dizer que não tinha obrigação, fiquei com uma culpa danada. Que coisa, né? Se é por prazer, por que culpa? O certo é que também não tinha nem pensado em parar, apenas dado um tempo. Crise de "abloguia" como diz F. Arranhaponte do Torre de Marfim.
É isso, vamos pra frente e muito sucesso pro seu programa e pra seu blog (quando tiver tempo). Beijo, c.

Anônimo disse...

Dizem que qdo abro a boca acontece. Passei por aqui e a não atualização do blog me fez pensar nesse hd terrível. Já me fez perder tantas palavras e fotos que tomei uma raiva dele... Que vc prepare o melhor programa de todos os tempos todos os sábados. Só não se esqueça de nós tres. rs
Bjs.
Bia Alves.

Unknown disse...

Juan, com alegria eu te encontro hoje aqui no espaço. Volte bacana, como der e vier! Bacana é você estar curtindo seu programa que imagino lindo e, abestada, não acerto a hora certa de pegar. Triste é a perda de coisas nesye mistério que se chama computador. Beijos de Maria

Bernardo Guimarães disse...

hoje me programei para assistir o club brasil e logo em seguida deixarei uma mensagem no site do programa. o que vc está fazendo é tão bom quanto escrever.
abraço. saudade do café.

lafayette hohagen disse...

Caro Juan,que faz falta o teu texto no blog,ah isso faz! Mas como fui e ainda sou um apaixonado por rádio,entendo bem esse seu momento.Curta, mas não nos esqueça.Abraços e sucesso.

Unknown disse...

Juan, o programa está ótimo. Ontem ficamos curtindo um som brasileiro, enquanto cozinhávamos nosso primeiro bobó de camarão em terras portenhas. Uma combinação perfeita! Abraço forte. Gisele

mara* disse...

São tempestades que de tempos em tempos nos fazem distanciar olhares, dispersar vontades. Entendo o que se passa.