sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Samba no pé e no cuore


Por esses dias fazem dois anos desde a estreia do documentário Samba no pé no Festival do Rio. Eu sempre disse que a minha maior alegria por ter criado esse projeto foi o fato de que as pessoas envolvidas, os artistas participantes, tenham ficado satisfeitos com o resultado. Afinal de contas é um olhar estrangeiro sobre um assunto brasileiro demais, uma cosmogonia tão oceánica que era assustador o quanto ia ficar de fora.

Essa semana o filme voltou a ser projetado em duas sessões, no contexto do Mes Cultural del Brasil en Buenos Aires, junto de feras como Paulinho da Viola-Meu tempo é hoje, de Izabel Jaguaribe e Coisa mais linda, de Paulo Thiago. Assim foi que pela primeira vez, escondido no escurinho, sem o protocolo dos festivais, me encontrei com a emoção do público. Pessoas que sem envolvimento algum e sem o compromisso com "os realizadores", aplaudiram sinceramente no final.

Depois alguém falou pra alguém que eu estava lá e tive que encarar a semgracice de receber os elogios.

Então se "samba é tudo o que Donga abençoou", hoje pela primeira vez senti que eu tinha feito alguma pequena coisa pra espalhar essa semente.

Já guardava o abraço da Surica, o sorriso aberto da Mart'nália, a lágrima contida da Teresa Cristina, as palavras do Haroldo Costa, o olhar do Mestre Xangô da Mangueira, o fervor do Carlinhos de Jesus... Agora isso.
Mais duas vidas não seriam suficientes pra eu agradecer o que esse filme me deu.

Na foto da filmagem do Samba no pé, eu, Eduardo Montes-Bradley (diretor), Surica, Mustapha Barat (diretor de fotografia) e Bruno Fernandes (diretor de som)

3 comentários:

Anônimo disse...

Juan, tenemos una página del documental. Acabo de copiar tu comentario entre las notas. Cuando quieras date una vuelta.

Juan Trasmonte disse...

Muchas gracias, Sambeiro. Voy a buscar la página.
Abrazos

Juan Trasmonte disse...

Che, no encontré la página, me decís el link?
Gracias!