sábado, 14 de junho de 2008

Adeus de Jamelão encerra uma época




A longa despedida do Jamelão encerra também uma época de sambistas arquetípicos. Como tantos outros, a Voz da Mangueira era de origem humilde, daqueles que já desde crianças fazem bicos ou vendem jornais; aqueles que aprenderam sua arte nas ruas olhando os mais velhos; aqueles que eram muitas vezes explorados por empresários e produtores espertinhos; e que no fim dos dias quase sempre recebem homenagens, mas raramente são reconhecidos nas suas necessidades financeiras. Todo mundo adora tirar fotos com eles e passar a mão nas costas, mas poucos se preocupam pelo bem-estar deles.
Eu já tinha escrito meu texto de adeus ao intérprete (jamais puxador!) da Mangueira, em fevereiro do ano passado, no primeiro carnaval depois de muitos em que o Jamelão não pôde entrar na avenida com a Verde e Rosa.

Foto de Jamelão de MarcusRG

3 comentários:

Dih Fernandes disse...

Ele era um gênio do samba!!!

http://www.avidanobeco.com/

Renata D'Elia disse...

Cara, tô chateada.

LETÍCIA CASTRO disse...

Exato, jamais puxador! hehehe O Babel.com tá homenageando o garoto Saruê tb.
Jamelão tb foi dos que povoou a minha infância e eu ficava tentando decifrar as letras, mas não entendia nada. No entanto, amava a sonoridade daquela voz e cantava junto. "Ela sofre somente porque foi fazer o que eu quis e o remorso está me torturando, por ter feito a loucura que fiz. Por um simples prazer fui fazer meu amor infeliz..."
O duro é saber que a gente vai se privar das novas composições divinas de Lupcínio para o seu grande "intérprete".
Te mandei um e-mail.
Besotes!
Letícia.