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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Arena conta Zumbi



"A única coisa que a gente poderia fazer era sobre a história brasileira, porque aí ninguém cobraria, não proibiriam logo de cara. Chegamos à conclusão de que Zumbi seria realmente fantástico. Foi o início de um intercâmbio muito grande entre nós e os diversos setores das artes, desde instrumentistas, compositores, atores, jornalistas, enfim, eram todos".

Gianfrancesco Guarnieri em entrevista à Folha de São Paulo em 2005, relembrou a origem da peça Arena conta Zumbi.

E como aqui não tem feriado e as pessoas nem sabem quem foi Zumbi, me deu por lembrar a peça do Guarnieri e Augusto Boal, que teve sua estreia em 1965 e continua sendo uma referência do teatro musical e político no Brasil.
Os autores narraram a luta dos quilombolas nos Palmares para falar do que não se podia falar, trazendo um episódio da história que estabelecia um paralelismo com o presente, e que conseguia, na sua metáfora -e na incapacidade dos militares para ler entrelinhas- driblar a censura.
Arena conta Zumbi tinha um elencaço com figuras que seriam centrais na cena brasileira, como o próprio Guarnieri, Lima Duarte, Dina Sfat e Milton Gonçalves. Também está Vanya Sant'Anna que foi a companheira de Guarnieri por mais de quatro décadas.
O compositor foi Edu Lobo, que acabara de ganhar o Festival da Excelsior com a música Arrastão, parceria com Vinicius de Moraes, defendida por Elis Regina. Da peça sairam várias canções que hoje são clássicos, como Upa neguinho e Tempo de guerra, que ganhou uma versão poderosa e crispada de Maria Bethânia.
Eu teria adorado assistir àquela peça.

Foto do elenco de Arena conta Zumbi, do grupo Teatro de Arena da comunidade do Orkut
Reprodução da capa do disco com a trilha sonora. Destaque para Marília Medalha que pouco depois iria brilhar com Vinicius e Toquinho

sábado, 8 de setembro de 2007

Guarnieri



Fernanda Montenegro e Gianfrancesco Guarnieri numa cena de Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman.

"Desespero dá quando a gente vê tantas injustiças sendo cometidas pelo mundo afora. Gente matando gente, enquanto nós, que também somos gente, vamos lendo as notícias no jornal e vamos nos acostumando com elas..."
Gianfrancesco Guarnieri