O retorno do diretor argentino Leonardo Favio é sempre motivo de celebração. Estação obrigada na viagem pelo cinema dos últimos quarenta anos desse país, Favio é, antes de tudo, um poeta da imagem e esse deve ser o ponto de partida para a abordagem da sua obra. E faço questão de colocar o marcador "poeta" nesse post, embora esteja dedicado a um diretor de cinema.
Com uma trajetória irregular na produção, que chegou a ter um hiato de vinte anos entre um filme e outro, o padrão de qualidade é sempre altíssimo.
Desde os filmes iniciais em preto e branco até o flamante Aniceto, o cineasta bebeu sempre das fontes populares. Entenda-se isso como mitos e lendas do coletivo cultural e também fenómenos da sociopolítica argentina.
Ficou distante do neorrealismo, pois seus pobres também podem ser crueis. Mostrou a dor como poucos, mas foi além do retrato, essa dor estava no vazio, na ausência e na espera. Sempre realista mas jamais naturalista.
Com uma trajetória irregular na produção, que chegou a ter um hiato de vinte anos entre um filme e outro, o padrão de qualidade é sempre altíssimo.
Desde os filmes iniciais em preto e branco até o flamante Aniceto, o cineasta bebeu sempre das fontes populares. Entenda-se isso como mitos e lendas do coletivo cultural e também fenómenos da sociopolítica argentina.
Ficou distante do neorrealismo, pois seus pobres também podem ser crueis. Mostrou a dor como poucos, mas foi além do retrato, essa dor estava no vazio, na ausência e na espera. Sempre realista mas jamais naturalista.
A estreia de Aniceto é uma retomada do conto El Cenizo, escrito por Zuhair Jury, o irmão dele, que já tinha inspirado El Romance del Aniceto y la Francisca, Está repressentado como um balé sinfônico filmado, com destaques para a música de Iván Wyszogrod e a direção de arte de Andrés Echeveste.
Ninguém consegue sair indene apôs assistir um filme de Leonardo Favio.
Foto de Juan Carlos Villarreal
Ninguém consegue sair indene apôs assistir um filme de Leonardo Favio.
Foto de Juan Carlos Villarreal
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