No final da década de cinqüenta o comum era retratar os estadounidenses nos seus jardins, sorridentes, o cachorro brincando com as crianças, sempre louras, e o estereótipo da família feliz que mais parecia uma extensão da fotografia publicitária.
Teve que chegar um estrangeiro com seu olhar diferente para exibir um face que parecia oculta. Esse foi Robert Frank, um suíço nascido em 1924, que emigrou para os Estados Unidos em 1947 e achou seu primeiro emprego como fotógrafo de modas na Harper’s Bazaar. Andou pela Europa e a América do Sul e de volta nos states começou a ficar conhecido entre os seus pares.
Ao mesmo tempo, do encantamento inicial pela sociedade industrial e desenvolvida, Frank foi ganho pela perplexidade. Achou uma nação obnubilada pelo consumo que escondia uma grande depressão depois do triunfalismo da posguerra. Esse é o espírito que atravessa o livro The Americans -com prólogo escrito por Jack Kerouac-, publicado na França em 1958 e um ano depois nos Estados Unidos, onde foi primeiramente rejeitado e taxado como um livro anti-americano.
O fotógrafo descobriu cowboys melancólicos, operários cansados, olhares tristes, e os fantasmas da segregação racial (vejam o detalhe do bonde com os brancos na frente e os negros na parte de trás).
Cinqüenta anos depois e depois desse novo estouro da borbulha do conforto, as imagens de Frank mantém a vigência intocada. Ele é provávelmente, junto com Art Shay, além de um dos pais da foto-reportagem, um dos cronistas sociais mais lúcidos que a arte dos Estados Unidos ofereceu.
Todas as fotos de Robert Frank, pertencentes ao livro Os americanos (The Americans)
Teve que chegar um estrangeiro com seu olhar diferente para exibir um face que parecia oculta. Esse foi Robert Frank, um suíço nascido em 1924, que emigrou para os Estados Unidos em 1947 e achou seu primeiro emprego como fotógrafo de modas na Harper’s Bazaar. Andou pela Europa e a América do Sul e de volta nos states começou a ficar conhecido entre os seus pares.
Ao mesmo tempo, do encantamento inicial pela sociedade industrial e desenvolvida, Frank foi ganho pela perplexidade. Achou uma nação obnubilada pelo consumo que escondia uma grande depressão depois do triunfalismo da posguerra. Esse é o espírito que atravessa o livro The Americans -com prólogo escrito por Jack Kerouac-, publicado na França em 1958 e um ano depois nos Estados Unidos, onde foi primeiramente rejeitado e taxado como um livro anti-americano.
O fotógrafo descobriu cowboys melancólicos, operários cansados, olhares tristes, e os fantasmas da segregação racial (vejam o detalhe do bonde com os brancos na frente e os negros na parte de trás).
Cinqüenta anos depois e depois desse novo estouro da borbulha do conforto, as imagens de Frank mantém a vigência intocada. Ele é provávelmente, junto com Art Shay, além de um dos pais da foto-reportagem, um dos cronistas sociais mais lúcidos que a arte dos Estados Unidos ofereceu.
Todas as fotos de Robert Frank, pertencentes ao livro Os americanos (The Americans)
Um comentário:
Puxa, Juan, que imagens fantásticas. Realmente, naquela época era difícil encontrar fotos com pessoas tristes e melancólicas, visto que a visão de fotografia era algo para eternizar, por isso, deveria ser bonita, e com pessoas sorridentes. Adorei este post. Suas imagens são sempre impressionantes. Ah, já estou melhor, e me sentindo muito feliz com o resultado! Beijos, meu amigo! Lu
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