Quando considero cuidadosamente os curiosos hábitos
dos cachorros
estou obrigado a concluir
que o homem é um animal superior.
Quando considero os curiosos hábitos do homem,
eu confesso, meu amigo, que me surpreendo.
Meditatio, de Ezra Pound
Versão para o português de Juan Trasmonte
Foto de Ezra Pound no túmulo de James Joyce, de Horst Trappe
Escolhido em 1999 pelos seus colegas como o maior poeta do século vinte, Ezra Pound foi o farol da vida literária na Europa por muitos anos.
Seu provinciano Idaho de nascença ficou pequeno e lá foi ele com seu amigo TS Eliot para NovaYork primeiro e para o Velho Mundo depois.
Pioneiro do verso livre, ultrapassou os limites estabelecidos sustentado nos seus imensos conhecimentos literários. Teimoso até o messianismo e generoso como ninguém nessa fogueira de vaidades, influenciou e ajudou a Joyce, Hemingway, Stein e Yeats, entre muitos.
Seu desprezo pelo poder financeiro foi tão radical como exóticas suas teorias económicas. Assim acabou envolvido no fascismo em longas arengas na Radio Roma.
Tarde demais para ser chamado de traidor por suas -como eles gostam de dizer- "atividades anti norteamericanas", o poeta foi declarado maluco e enviado pro louqueiro mesmo, onde passou muitos anos. Mas nem tantos como os quarenta que levou para escrever seus Cantos, esse doce fracasso.
E no final ficou quieto, em silêncio. Foi quando disse a célebre frase "Deixemos o vento falar".
Mas não há nem haverá nenhuma correção política que possa apagar a chama criativa do velho Ezra.
dos cachorros
estou obrigado a concluir
que o homem é um animal superior.
Quando considero os curiosos hábitos do homem,
eu confesso, meu amigo, que me surpreendo.
Meditatio, de Ezra Pound
Versão para o português de Juan Trasmonte
Foto de Ezra Pound no túmulo de James Joyce, de Horst Trappe
Escolhido em 1999 pelos seus colegas como o maior poeta do século vinte, Ezra Pound foi o farol da vida literária na Europa por muitos anos.
Seu provinciano Idaho de nascença ficou pequeno e lá foi ele com seu amigo TS Eliot para NovaYork primeiro e para o Velho Mundo depois.
Pioneiro do verso livre, ultrapassou os limites estabelecidos sustentado nos seus imensos conhecimentos literários. Teimoso até o messianismo e generoso como ninguém nessa fogueira de vaidades, influenciou e ajudou a Joyce, Hemingway, Stein e Yeats, entre muitos.
Seu desprezo pelo poder financeiro foi tão radical como exóticas suas teorias económicas. Assim acabou envolvido no fascismo em longas arengas na Radio Roma.
Tarde demais para ser chamado de traidor por suas -como eles gostam de dizer- "atividades anti norteamericanas", o poeta foi declarado maluco e enviado pro louqueiro mesmo, onde passou muitos anos. Mas nem tantos como os quarenta que levou para escrever seus Cantos, esse doce fracasso.
E no final ficou quieto, em silêncio. Foi quando disse a célebre frase "Deixemos o vento falar".
Mas não há nem haverá nenhuma correção política que possa apagar a chama criativa do velho Ezra.
3 comentários:
Me manda o link com o q vc postou sobre Sartre. Eu vou adorar!!!
Beijos
Seu blog é riquissimo, Juan!
Fui ver o arquivo de 2006 e nooossa, ainda estu boquiaberta com a qualidade artistica exposta aqui.
O curioso é que vc ão é do Brasil e me apresentou artista brasileiros dos quais em sua maioria eu nem ouvi falar. PARABÉNS PELO BLOG!
Vou te linkar ok?
Até!
Jéssica, muito obrigado, realmente agradeço teu comentário.
Mas não consigo ir para o teu blog desde aqui clicando no teu nome. Você me diz o link?
Abraços
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