Minha língua dividida
minha faca de dois gumes
vaga lume
andas nas trevas
sangra presa na mordida
é uma língua que são duas
traz o lamento dos mouros
e a cruz dos conquistadores
a dor no olhar do Pessoa
quevedos andrades e outros
todos tamizados
nos suspiros hernandianos
igual língua viperina
é uma língua que são duas.
Língua dividida, de Juan Trasmonte (Creative Commons)
Reprodução de mapa da época com a linha do Tratado de Tordesilhas dividindo as terras do rei de Castela das do rei de Portugal
minha faca de dois gumes
vaga lume
andas nas trevas
sangra presa na mordida
é uma língua que são duas
traz o lamento dos mouros
e a cruz dos conquistadores
a dor no olhar do Pessoa
quevedos andrades e outros
todos tamizados
nos suspiros hernandianos
igual língua viperina
é uma língua que são duas.
Língua dividida, de Juan Trasmonte (Creative Commons)
Reprodução de mapa da época com a linha do Tratado de Tordesilhas dividindo as terras do rei de Castela das do rei de Portugal
Um comentário:
Oi Juan, tudo bem?
Realmente não deve ser fácil essa mistura.
Parabéns pela poesia, muito bonita mesmo! Um abraço!
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