Olhe, observe, não respire, aperte o disparador e continue andando.
Me dar tempo foi o único luxo que eu me permiti na vida. As pessoas apressadas são miseráveis.
Eu vejo o que os outros não vêem. Eu olho e olho. Escutar para mim é difícil, mas nunca deixo de olhar.
Minhas fotos refletem o caráter universal da natureza humana. Uma das grandes vantagens do talento e da experiência é atingir a simpleza, essa sabedoria que se afasta do pedantismo para chegar no essencial.
Eu gosto de rostos, do que significam, pois tudo está escrito neles.
Hoje é o centenário do nascimento do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson. Reporter fotográfico do século vinte, ele desenvolveu o conceito do "instante decisivo" em que uma foto é tirada, aquele em que, segundo ele, o coração, a cabeça e o olho estão na mesma linha.
A primeira foto mostra três homens olhando por cima do Muro de Berlim. A segunda é a sua famosa instantânea do campo de concentração de Dassau, na Alemanha; a terceira mostra o rezo de mulheres na India pela morte de Gandhi, o mahatma; a quarta é toda uma definição da revolução sexual dos anos sessenta, com o advento da minisaia.
Agora que o universo digital democratizou as imagens, é bom parar um momento e valorizar o "instante decisivo".
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