Vocês me desculpem a referência pessoal mas se como já disse o Poetinha, a vida é a arte do encontro, a amizade é uma certa forma da arte.
Fiquei amigo do Ramiro Musotto quando os dois morávamos no Rio de Janeiro. Consegui fazer a ponte para que Sudaka, seu primeiro disco solo, com edições no Brasil e nos Estados Unidos, fosse lançado na Argentina.
Fiquei amigo do Ramiro Musotto quando os dois morávamos no Rio de Janeiro. Consegui fazer a ponte para que Sudaka, seu primeiro disco solo, com edições no Brasil e nos Estados Unidos, fosse lançado na Argentina.
Pouco tempo depois ele voltou a morar em Salvador, a cidade que o viu crescer musicalmente até ser o que ele é, um dos maiores percussionistas do mundo, e eu voltei a morar em Buenos Aires.
Nesse mesmo ano Ramiro me ligou uma noite e disse:
- Vou apresentar Sudaka na Argentina e quero que você seja meu tour manager.
Eu disse não. Vocês sabem, esse negócio de trabalhar com amigo é complicado e se não der certo, a amizade pode ir por água abaixo.
Mas Musotto não desistiu na minha negativa e teimou em me convencer até eu aceitar. Minha única condição foi que na hora em que a gente vesse que o lado humano poderia ficar poluído pelo trabalho, eu cairia fora.
Deu tudo certíssimo nesse e no seguinte ano, quando fizemos o segundo tour.
Depois cada um foi andando seu caminho, vendendo seu peixe. A carreira solo dele bombando, se expande pra Europa e eu continuo na gravadora, com os discos e os shows.
Mas pelo menos uma vez por ano a gente se encontra e é só e nada menos do que isso, a tal arte do encontro.
Ramiro vai fazer show no próximo sábado em Buenos Aires, no La Trastienda.
A foto foi tirada em 2005 por Javier Tenembaum, dono do selo Los Años Luz, depois de um show no Ciclo Estudio Abierto, no Hotel de los Inmigrantes.
Nesse mesmo ano Ramiro me ligou uma noite e disse:
- Vou apresentar Sudaka na Argentina e quero que você seja meu tour manager.
Eu disse não. Vocês sabem, esse negócio de trabalhar com amigo é complicado e se não der certo, a amizade pode ir por água abaixo.
Mas Musotto não desistiu na minha negativa e teimou em me convencer até eu aceitar. Minha única condição foi que na hora em que a gente vesse que o lado humano poderia ficar poluído pelo trabalho, eu cairia fora.
Deu tudo certíssimo nesse e no seguinte ano, quando fizemos o segundo tour.
Depois cada um foi andando seu caminho, vendendo seu peixe. A carreira solo dele bombando, se expande pra Europa e eu continuo na gravadora, com os discos e os shows.
Mas pelo menos uma vez por ano a gente se encontra e é só e nada menos do que isso, a tal arte do encontro.
Ramiro vai fazer show no próximo sábado em Buenos Aires, no La Trastienda.
A foto foi tirada em 2005 por Javier Tenembaum, dono do selo Los Años Luz, depois de um show no Ciclo Estudio Abierto, no Hotel de los Inmigrantes.
2 comentários:
"lado humano poderia ficar poluído pelo trabalho, eu cairia fora."
Nossa que raio de linha tênue não?!
Abraço
Pois é Robson, uma linha mais que delgada.
Abs.
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