O artista de rua chegou na estação de metrô de tênis, camiseta preta e boné. Tirou o violino do estojo e começou a tocar. Na correria de cada dia, na estação L'Enfant Plaza, em Washington, milhares de pessoas passaram por ele, como cada um de nós passa todos os dias junto a esses artistas que já fazem parte da paisagem rotineira das grandes cidades.
Um minuto depois de começar, ele ganhou seu primeiro dólar. Foi de Bach a Schubert e de Manuel Ponce a Massenet. Um homem parou uns instantes e continuou com passo apresado. Outros foram deixando seu dindim sem parar.
Até que uma criança parou e olhou fixamente pro músico. Mas a mãe também estava com pressa e começou a puxar do casaco pra ele se mexer. A criança teimou em parar e a mãe voltou a puxar.
O cara tocou uns 45 minutos. Ganhou 32 dólares. Por fim, uma senhora se deteve e começou a ouvir mesmo, como se estivesse curtindo. Quando ele acabou de tocar, a mulher disse:
- Eu vi você na Biblioteca do Congresso.
O cara era Joshua Bell, considerado um dos maiores violinistas do mundo e o instrumento que tinha nas mãos era um Stradivarius de 1713, cotado em tres milhões e meio de dólares. Joshua Bell, que acabara de tocar para essa multidão de pedestres, tocara para o presidente Obama em fevereiro e tocou dois dias depois em Boston para um público que lotou o teatro pagando cem dólares o ingresso.
A experiência foi organizada pelo jornal Washington Post para mostrar que somos animais de costumes, que quando o contexto muda nem percebemos o que temos em volta.
Seria bom fazer um esforço para não perdermos a beleza que está na mão, que mora ao lado. Todos os dias. O tempo todo.
Veja o vídeo de Joshua Bell no metrô
Foto de Joshua Bell e o maestro Osmo Vanska, de Jennifer Taylor
Um minuto depois de começar, ele ganhou seu primeiro dólar. Foi de Bach a Schubert e de Manuel Ponce a Massenet. Um homem parou uns instantes e continuou com passo apresado. Outros foram deixando seu dindim sem parar.
Até que uma criança parou e olhou fixamente pro músico. Mas a mãe também estava com pressa e começou a puxar do casaco pra ele se mexer. A criança teimou em parar e a mãe voltou a puxar.
O cara tocou uns 45 minutos. Ganhou 32 dólares. Por fim, uma senhora se deteve e começou a ouvir mesmo, como se estivesse curtindo. Quando ele acabou de tocar, a mulher disse:
- Eu vi você na Biblioteca do Congresso.
O cara era Joshua Bell, considerado um dos maiores violinistas do mundo e o instrumento que tinha nas mãos era um Stradivarius de 1713, cotado em tres milhões e meio de dólares. Joshua Bell, que acabara de tocar para essa multidão de pedestres, tocara para o presidente Obama em fevereiro e tocou dois dias depois em Boston para um público que lotou o teatro pagando cem dólares o ingresso.
A experiência foi organizada pelo jornal Washington Post para mostrar que somos animais de costumes, que quando o contexto muda nem percebemos o que temos em volta.
Seria bom fazer um esforço para não perdermos a beleza que está na mão, que mora ao lado. Todos os dias. O tempo todo.
Veja o vídeo de Joshua Bell no metrô
Foto de Joshua Bell e o maestro Osmo Vanska, de Jennifer Taylor
4 comentários:
Que bacana esta história.
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Sim, Bernardo está aí.
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Pensei ter lhe dado meu emelho novo, assim como pensei ter o seu.
O meu novo é só substituir terra. com.br por gmail.com
beijos maria
Beleza de música, perfeito título do post. Abraços do Lafa
Essa falta de atenção, esse desligamento, é, infelizmente, quase uma constante.
E mudar de atitude é um exercício difícil, do qual precisamos ser sempre relembrados.
Esse teu post caiu como uma luva, Juan. Obrigada.
um beijo
Muito obrigado Lafa!
Eu te agradeço, Ana! A verdade é que é um exercício muuuuito difícil. Mas temos que tentar, certo?
beijos
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