segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sinhô, um da Silva


Eu juro acabar com esse costume
que você tem
falando de mim
dizendo horrores
e me querendo bem.

Ai, o amor é um capitoso vinho!
Que nos embriaga,
que nos embriaga com um só pinguinho.

Você há de saber que
este costume não te fica bem
porque toda gente sabe a paixão
que você me tem

Todo mal que procuras dizer
do meu nome nenhum valor tem.
A mulher quando gosta deve ser feliz
e atacar seu bem.

Maldito costume, de José Barbosa da Silva, o Sinhô

"O que há de mais povo e de mais carioca tinha em Sinhô a sua personificação mais típica, mais genuína e mais profunda."
Fragmento da crónica O enterro do Sinhô, de Manuel Bandeira

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