Hoje fazem seis anos da morte de Miguel Gila, o maior monologuista do humor espanhol.
Aos 17 anos, durante a Guerra Civil, entrou como voluntário no Exército Republicano. Foi preso, dividiu a cela com o grande poeta Miguel Hernández. Uma noite ele e uns trinta companheiros foram fuzilados, mas "me fuzilaram mal e como eu era tão pouco importante, ninguém percebeu que não estava morto".
No cárcere começou a desenhar charges. Hemingway lhe-pagava drinques para ouvir suas histórias da Guerra Civil. Exilou-se na Argentina, onde ficou até 1985.
Seus monólogos, especialmente aqueles que reproduziam conversas no telefone são inesquecíveis e foram de uma arte maior para expressar com ironia dramas que ele conhecia bem, como a guerra e a pobreza.
- Aló... é o inimigo? Eu queria saber se vocês pensam atacar amanhã... Ah, é? E que horas seria isso, mais ou menos?... Nossa, tão cedo assim? Não da pra vir um pouquinho mais tarde? É que a essa hora a gente tá durmindo... Sei... E vocês vão ser muitos?... Caramba, tudo isso? Acontece que a gente não tem balas para tantos...
Miguel Gila (1919-2001)
Foto de Rafa Samano
Aos 17 anos, durante a Guerra Civil, entrou como voluntário no Exército Republicano. Foi preso, dividiu a cela com o grande poeta Miguel Hernández. Uma noite ele e uns trinta companheiros foram fuzilados, mas "me fuzilaram mal e como eu era tão pouco importante, ninguém percebeu que não estava morto".
No cárcere começou a desenhar charges. Hemingway lhe-pagava drinques para ouvir suas histórias da Guerra Civil. Exilou-se na Argentina, onde ficou até 1985.
Seus monólogos, especialmente aqueles que reproduziam conversas no telefone são inesquecíveis e foram de uma arte maior para expressar com ironia dramas que ele conhecia bem, como a guerra e a pobreza.
- Aló... é o inimigo? Eu queria saber se vocês pensam atacar amanhã... Ah, é? E que horas seria isso, mais ou menos?... Nossa, tão cedo assim? Não da pra vir um pouquinho mais tarde? É que a essa hora a gente tá durmindo... Sei... E vocês vão ser muitos?... Caramba, tudo isso? Acontece que a gente não tem balas para tantos...
Miguel Gila (1919-2001)
Foto de Rafa Samano
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