
Agora
a distância se fez agora
de novo
queria estar por perto
para querer ficar longe
queria eu e você
para querer ser ninguém
queria seu silêncio seu descaso
o dia-a-dia mais desinteressante
os segundos de leveza os risos bobos
dos desenhos animados
nosso quarto que nunca foi nosso
nem meu nem teu nem quarto
tudo que é nosso
esse não querer saber
essa tensão que vem do osso
agora o que é que eu digo
agora o que é que eu falo
a angústia do teu corpo solto
preso na rodoviária
os grilos que do mesmo jeito cantam
a mão na minha cara
para lembrar que esqueci
de quando eu fiz a barba
sirene ululante longe
corre atrás de outras dores
a solidão bucólica do golfe
o cheiro do seu cabelo
em minha mão
o mesmo cheiro que eu
nunca guardei
o mesmo que você
nunca abriu
todos os meus olhares
procuram tua presença
amor raiva e piedade
desencontro
luz sereno píer branco.
a distância se fez agora
de novo
queria estar por perto
para querer ficar longe
queria eu e você
para querer ser ninguém
queria seu silêncio seu descaso
o dia-a-dia mais desinteressante
os segundos de leveza os risos bobos
dos desenhos animados
nosso quarto que nunca foi nosso
nem meu nem teu nem quarto
tudo que é nosso
esse não querer saber
essa tensão que vem do osso
agora o que é que eu digo
agora o que é que eu falo
a angústia do teu corpo solto
preso na rodoviária
os grilos que do mesmo jeito cantam
a mão na minha cara
para lembrar que esqueci
de quando eu fiz a barba
sirene ululante longe
corre atrás de outras dores
a solidão bucólica do golfe
o cheiro do seu cabelo
em minha mão
o mesmo cheiro que eu
nunca guardei
o mesmo que você
nunca abriu
todos os meus olhares
procuram tua presença
amor raiva e piedade
desencontro
luz sereno píer branco.
Juan Trasmonte (Todos os direitos reservados)
Foto de Francesca Dotta
Juan querido, que lindo... que angústia que dá de ler... um nó na garganta! Quanta dor... Beijo! Te adoro!
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