
Quando produzi o show do Bossacucanova mandei um daqueles e-mails de divulgação para todos os meus contatos.
Na noite do show, para minha surpresa -pois eu simplesmente não reconheci ela-, apareceu lá Fernanda, amiga da adolescência que tinha em comum comigo a paixão por Queen.
Como na época não existia internet com todas as suas expansivas possibilidades, as revistas tinham seções de correio que serviam para tudo: conhecer garotas, vender guitarras, oferecer aulas de inglês e organizar clubes de fãs.
Embora morávamos a oito quarterões de distância, mantive durante um ano correspondência com Fernanda até a gente se conhecer. Em longas cartas escreviamos sobre as nossas músicas preferidas e sonhávamos com ver Freddie e Cia ao vivo, sonho que parecia distante, pois naquele momento as bandas grandes não desciam até América do Sul. Aqui só vinha artista decadente e grupos da segunda ou terceira linha.
Conheci Fernanda do jeito que era costume na adolescência, junto com minha gangue de amigos e ela com mais quatro amigas.
O tempo foi apagando minha vocação de fã e nunca mais encontrei Fernanda, embora nos reencontramos já na época do e-mail, ameaçando uma reunião de lembranças que jamais aconteceu, até o impensado momento, no camarim do Bossacucanova.
Mas Queen veio pra Argentina em 1981, em pleno apogéu, na época do álbum The Game. E eu que estava cumprindo com o serviço militar não fui uma mas duas vezes ver aquele show inesquecível deles.
Fora qualquer tietagem, jamais um concerto desse nivel técnico, com tamanha qualidade de som e luzes, havia sido visto por essas praias.
Não sou muito amigo de farejar no baú da nostalgia. Nem sempre lembrar é reviver. É saudável voltar àqueles lugares onde fomos felizes, mas considero que também é melhor deixar algumas vivências no seu marco de espaço e tempo.
Por isso quando Fernanda me perguntou se eu ia no show do Queen, eu disse não. Por isso quando vi os cartazes que anunciavam “Queen + Paul Rodgers” não consegui evitar pensar “Queen – Freddie Mercury”.
Será uma ótima oportunidade, para quem não foi testemunha da história, de ter uma ideia do que aquela banda significou.
Pessoalmente, prefiro manter o cofrinho fechado e jogar a chave no fundo do mar.

Foto de Queen no backstage em Buenos Aires em 1981, com Diego Maradona, uma imagem impensada um ano depois com o advento da guerra das Malvinas
Foto da banda na varanda do Hotel Sheraton, em Buenos Aires
Na noite do show, para minha surpresa -pois eu simplesmente não reconheci ela-, apareceu lá Fernanda, amiga da adolescência que tinha em comum comigo a paixão por Queen.
Como na época não existia internet com todas as suas expansivas possibilidades, as revistas tinham seções de correio que serviam para tudo: conhecer garotas, vender guitarras, oferecer aulas de inglês e organizar clubes de fãs.
Embora morávamos a oito quarterões de distância, mantive durante um ano correspondência com Fernanda até a gente se conhecer. Em longas cartas escreviamos sobre as nossas músicas preferidas e sonhávamos com ver Freddie e Cia ao vivo, sonho que parecia distante, pois naquele momento as bandas grandes não desciam até América do Sul. Aqui só vinha artista decadente e grupos da segunda ou terceira linha.
Conheci Fernanda do jeito que era costume na adolescência, junto com minha gangue de amigos e ela com mais quatro amigas.
O tempo foi apagando minha vocação de fã e nunca mais encontrei Fernanda, embora nos reencontramos já na época do e-mail, ameaçando uma reunião de lembranças que jamais aconteceu, até o impensado momento, no camarim do Bossacucanova.
Mas Queen veio pra Argentina em 1981, em pleno apogéu, na época do álbum The Game. E eu que estava cumprindo com o serviço militar não fui uma mas duas vezes ver aquele show inesquecível deles.
Fora qualquer tietagem, jamais um concerto desse nivel técnico, com tamanha qualidade de som e luzes, havia sido visto por essas praias.
Não sou muito amigo de farejar no baú da nostalgia. Nem sempre lembrar é reviver. É saudável voltar àqueles lugares onde fomos felizes, mas considero que também é melhor deixar algumas vivências no seu marco de espaço e tempo.
Por isso quando Fernanda me perguntou se eu ia no show do Queen, eu disse não. Por isso quando vi os cartazes que anunciavam “Queen + Paul Rodgers” não consegui evitar pensar “Queen – Freddie Mercury”.
Será uma ótima oportunidade, para quem não foi testemunha da história, de ter uma ideia do que aquela banda significou.
Pessoalmente, prefiro manter o cofrinho fechado e jogar a chave no fundo do mar.

Foto de Queen no backstage em Buenos Aires em 1981, com Diego Maradona, uma imagem impensada um ano depois com o advento da guerra das Malvinas
Foto da banda na varanda do Hotel Sheraton, em Buenos Aires
Faz bem, Juan, faz bem! penso igualzinho.
ResponderExcluirEu não vou no show do Queen, porque o espírito do Queen sumio, porque Fredie já não fiça nesta terra...ele foi ganhado pelo céu...
ResponderExcluirE isso. Bjos
nc
... e quando é que me passou pela cabeça contrariar vc, gringo???
ResponderExcluirse, eu assisto a um dvd do queen chorando, vou fazer o que nesse show??? brian may, roger taylor e john deacon que me perdoem e todo respeito a paul rodgers mas ... não dá.
Rssss, verdade, não vai combinar, com todo o respeito para os que lá estarão em cima e debaixo do palco.
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